sábado, 10 de março de 2012

Corações à fora

Quero que devolvam meu coração
(pois) não aguento mais sofrer não.
Eu quero tê-lo de volta pra mim
E ficar muito bem assim.

Ah, se eu estivesse com meu coração.
Se dele fosse de fato o dono
Mas parece que a mim ele não pertence não.

Ele vive com as mulheres que merece
Àquelas que merecem grande admiração!
Dada tamanha beleza, cheiro, garra,
inteligência e admiração.
Ê mulheres danadas...
por que não devolvem o meu coração?

Ê mulheres (para mim) apaixonadas...
Porque de meu coração não abrem mão?
Ê mulheres admiradas...
Cuidem bem do que não tenho mais não.
Reguem com paixão, para florescer o amor
Aquele que desvanece qualquer indisposição.

Ê mulheres danadas...
(Pergunto:)Porque não devolvem meu coração?
Ê mulheres danadas...
Cuidem bem do que lhes dei então!

segunda-feira, 5 de março de 2012

A questão de se fazer poesia

O problema dos poetas é não saber ler a "sua" natureza.
A poesia, a abstração do impalpável, decorre da interpretação do que se atenta.

Ler a natureza e não saber traduzi-la em palavras
inibe o amor que a todos une.
E um poeta não existe sem amor,
nem que seja paixão, mesmo enquanto esta dure.

A transmissão da poesia decorre do puro vislumbre de um todo,
posto ao pouco que conhecemos como simples
'amar'.

Amor inibido empobrece o ser que o detêm.
O amor deve ser divertido dentre os tantos, naturais, vai e vêm.

E o poeta, seja corpo ou seja alma, antes de tudo deve amar o que lhe cabe: O amor é natural.
O amor, mesmo que, por si próprio.      Começo-meio-fim.
Assim sendo, este, em síntese definitiva e expressiva, deve amar as naturezas, posto já que lhe é natural amar.