quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Notas de um devaneio... (quero dormir...)

É pedir demais querer conversar?
É querer demais resolver as coisas para você ficar bem de uma vez por todas, pra pelo menos ter tentando melhorar da maneira menos doida possível?
Quanta impaciência minha! Quanta indignação!
Que merda!
Você ter se esforçado, ter estado disposto a algo e praticamente levar como se fosse na cara...
Isso me emputece!
Não queria ter lembranças, não queria ter coração pra suportar tal dor.
Não queria ter mente pra ficar mirabolando coisas do tipo fantasiosas.
Queria resolver logo isso, porque tem de ser assim?
Aquilo que fiz ainda me corroí, minha consciência não me deixa livre: como se estivesse dizendo: Faça alguma coisa! Mas isso, como tem sido, envolve quebrar as barreiras de educação e cortesia os quais tanto prezo.
Orgulho ferido, sentimento de perda, ausência, carência... tudo isso junto e misturando em uma mente fantasiosa demais só me põe pra baixo. Não durmo pois não consigo entrar em paz comigo mesmo.
Minha vida até então me mostrou q sei ser intuitivo e com certeza até, mas ela se foi... A certeza não está mais aqui...
E puta que pariu como eu queria afastar essa intuição de mim....
Nóia ou não, fantasia ou não, intuição ou não, nao sei explicar o que é direito, mas sei que é isso que sinto, e isso me dói, dói bastante, ah como dói. Na outra pessoa então não dói...
De que vale a sinceridade... se tudo o que te foi ensinado te mostra outro caminho o qual justifica tudo, exatamente TUDO.
Crer na vida parece muito desmotivador agora, pq ela mesmo não tem razão, simplesmente é...
E discrente, hoje e ontem eu apenas vanglorio a morte, para q através dela eu obtenha a paz, sem reencarnações futuras, um simples sono na paz.

3 comentários:

  1. Olha. Acho que me sinto como você.
    Eu se pudesse, conversaria todo dia. Perguntaria todo dia. Mas que porra foi essa? Sabe?

    Não consigo dormir porque fico mirabolando mil e uma coisas. Dentre o que seria, pensando no que se foi, as lembranças mais lindas e que merda. Que merda de não existir mais compromisso e mais nada e penso em coisas piores ainda.

    Só que não adianta rogar pela morte.
    Nem se tudo não tivesse acontecido, de alguma maneira não estaria em paz. Porque não estou em paz comigo mesma. E a culpa é minha. Nós é que precisamos encontrar nosso ponto chave e nosso controle. De dizer: foda-se. Vai cagá na latinha eu sou muito mais que isso e posso ser mais ainda. Mesmo com as prisões da vida, que tenho de estar aqui, que tenho de ser "babá" e estudo a noite, que complica tudo. Mesmo com todas as complicações, eu tenho que arranjar uma saída por mim mesma. Você também. Aprenda a relaxar sua mente. Depois que você escreve relaxa? Então beleza. Escreva. Pra botar todas as dúvidas, dores e frustrações pra fora. Mas lembre-se, não adianta pensar que deixar essa vida é mais fácil. Ninguém sabe. A gente precisa é aprender a viver nesse lamaceiro mesmo e sair desse fundo do poço de uma vez por todas. E aprender tão bem aprendido que nunca mais vai entrar nele. Coloque um desafio a você. Eu também tentarei o mesmo. Desafios distantes de dores de coração. Algo que você sempre quis fazer e nunca fez por falta de coragem, crie essa coragem agora mesmo. Escreva um livro, vai aprender a andar de patins, a sei lá. Diga um foda-se ao resto e construa seu mundo. Porque se você ficar vivo, vai ter que se manter de alguma forma. É meu lema agora...
    Espero que tenha ajudado ainda que tentando ajudar a mim mesma.
    Beijo

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  2. Sim, obrigado por tudo o q disse, e pela parte da motivação sobretudo.
    Apesar do que disse, não concordo em fugir da vida, mesmo que num obstáculo tão difícil como este, morte como válvula de escape...
    Disse morte, pq só imaginei que ela pudesse trazer a paz que tanto desejo no momento..., mas a vida é dura, ela é triste, mas creio q nós, como seres humanos, podemos torná-la fácil e feliz, pois tbm podemos ser deuses, pra fazer tais coisas 'impossíveis'.
    Não vou desanimar, mas todo início de caminhada geralmente é o mais difícil, por se ver que o caminho é longo.
    Estaremos melhor Thalita, precisamos provar isso sobretudo para nós mesmos!

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  3. Exato.
    É quase um mês. Estou começando a me sentir tranquila. A paz que ele me trazia era maior que qualquer uma que eu sozinha possa (por enquanto) me causar. Mas, percebes que a vida, se é uma merda, é uma merda com ou sem a pessoa?

    Andei pensando no que que mudaria na minha semana. Fora um cuidado especial, que é saber como você está a todo momento ou se preocupar se você anda a noite, essas coisas que um pai poderia fazer, a diferença é que eu iria ver alguém sempre, o que traz uma especie de segurança. E quando não podemos ver sempre, pela obrigações, a segurança fica subjugada e pode te deixar triste. Ou seja, do mesmo jeito eu teria inconstâncias (tive). Mas prestando atenção, se eu ficava triste com alguma coisa em casa, ele estava lá, mas minha tristeza estava aqui. Estávamos juntos, eu desabafaria, deixaria de lado um momento a dor, mas logo voltaria a me preocupar.
    Se a vida é uma merda, é uma merda com ou sem outro alguém.
    Você vai sofrer com as coisas de casa estando ou não acompanhado. Vai sofrer com as pressões fora de casa com ou sem alguém. Parece mais fácil estar acompanhado, quando dizem pra você que você pode superar. Mas isso até um amigo, se você o procurar, poderá fazê-lo.

    O nosso mundo é só nosso no fim das contas. Não adianta...

    Por isso podemos ficar tranquilos, que estamos bem com a gente mesmo, entende? O legal é fazer mais amizades. Porque estas podem também trazer paz e não necessariamente acabarão mal por separações de amor, entende o que eu digo?

    Eu queria ele, ainda que amigo aqui, às vezes. Só pela presença. Mas teoricamente, não deveria mudar nada. E não muda. Você tem que continuar a fazer suas coisas. Às vezes eu queria ter um amigo gay que vivesse aqui em casa. Ia ser ótimo. (y)
    É por isso que farei o meu melhor amigo, o Senhor. Para ele poderei escrever cartas. Poderei pedir a ajuda que quiser, a orientação que quiser. E quando eu conseguir ouvi-lo mais facilmente, será o maior êxito da minha vida. Mas sei que Ele está aqui me orientando.
    Ficaremos bem. Descobriremos nossa antiga alegria de apenas viver. E "deixar a vida nos levar".

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