sábado, 12 de junho de 2010

Era uma vez ...

Era uma vez ...
Um garoto que acordou de vez um tanto quanto tarde demais.
Um garoto que trilhou por uns caminhos um tanto estranho, cuja a sua única finalidade era viver. Aproveitar a vida, mesmo que isso signifique correr risco, e ele correu.
Um garoto que correru sem saber em qual estrada se encontrava, e que no caminho muitas vezes se perdeu, se confundiu, e ainda se confunde, mas é na tentativa de avançar que ele tenta por em prática sua capacidade de aprendizagem e prática do aprendido.
Um garoto que tinha a confiança de uma garota, e que por não saber cuidar desta peça rara, deixou-a cair no chão e se espatifar. Agora só restam cacos, e mesmo que colados não serão tão puro quanto antes.
Agora este garoto vê que esta mesma, mas outra, peça rara está com uma outra pessoa, e assim ele pensa: Que ele faça bom proveito! Pois livre de qualquer ressentimento no momento, só há a paz para o garoto, e para a outra pessoa, com quem ambas são amigas só resta desejar que seja capaz de cuidar do que tem, já que este garoto pelo caminho tortuoso que enfrenta, não soube cuidar de tal peça rara.
Talvez o aprendizado do garoto seja exatamente esse, aprender a manter aquilo que lhe parece impossível. Que parece impossível pelo menos no momento.
Ele de certa forma espera receber uma segunda peça rara, quem sabe até de maior valor, mesmo que até sem esperança, enquanto isso, é exatamente na busca pela felicidade, que ele irá tentar aproveitar o que tem, sem deixar de ser ambicioso.
O que foi, é passado, o são só fragmentos dele que voltam, porque a todo momento será feito um novo futuro.
Então que este garoto consiga aprender que neste final, nunca se é tarde para começar um 'era uma vez' ...

2 comentários:

  1. Ai que lindo...
    E realmente "nunca se é tarde para começar um 'era uma vez'".

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  2. Pra te confessar, eu bem que gostaria, ainda que por orgulho que um dia aquele menino me assumisse que me rasgou em mil pedaços.
    Eu bem que gostaria que tivesse sido enxergado que as custas para um recomeço partiu desse princípio.
    Mas eu nunca imaginava que a raça masculina é bem mais preponderante e orgulhosa. E me rasguei em mais frangalhos ainda.
    Eu bem que tive os momentos de desiluzão. De dizer que não acreditava mais naquilo tudo. De dizer que não seria possível viver algo parecido. Mas o "era uma vez" é eterno e nunca se desfaz. Graças a Deus e essa magia que nem sei bem como explicar: que existe.

    E eu aceitei, aceitei a prova de que eu não me enganaria mais. Aceitei a prova de que eu poderia correr um terceiro risco de me despedaçar. E corri o risco mais lindo do mundo. E consegui um tesouro bem maior e com certeza muito puro (especialmente de coração).

    A vida é feita sim, como você afirma a todo instante, de riscos numerosos e cabeludos. Mas sem os riscos o que seriam de nós? Jamais saberia quão belo é um novo começo de história. Um brinde ao "era uma vez" e que ele chegue bem rápido, de novo, pra você.

    Talita

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