quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sonho Intercalado

Sonho estranho o de hoje.

Sono da tarde.

De repente me vejo andando na rua, tinha que consertar um relógio.

Puts um relógio. Puts um relógio de quem eu nem sabia de quem era!

Aparentava ser da minha mãe. Nunca tinha visto os dois juntos, mas carregava comigo a impressão de ser dela por ter sido ela que havia me pedido para encontrar algum lugar para o concerto. E então sai pelas ruas desta cidade a fim de cumprir com a tarefa procurando tal lugar.

Bobagem, minha mãe mesmo conhece uma ótima loja, e de confiança dela para este serviço, e ainda me lembro neste exato momento de um amigo que conserta relógios também.

Andei, andei, e não achei. Já esperava não achar, estava na parte central da cidade, próximo ao setor oeste, e caminhando no sentido oeste-central, não encontro nenhuma loja, mas acabo que chego num lugar um tanto improvável.

Lógicamente não achei, ao tempo que fazia este percurso, eu já o tinha em mente devido a frequência com que as vezes faço o caminho aliado com a minha experiência sobre o local onde estava inserido.

Improvável porque (pensando agora) a rua não estava localizada no ponto exato onde me localizava, mas eu estava lá. Olhei para o ponto de ônibus e me lembrei dela, pensando: "Ela pega ônibus aqui. Quem dera eu encontrasse ela neste ponto, onde o ônibus "sobe" (porque pegar o ônibus descendo havia se tornado um custume para ela, pensei comigo mesmo). Aproveitar e ao menos matar a saudade para, pelo menos, um abraço."

Pensei nisso rápido, de forma sincera e efêmera. Assim como foi a resposta:

Retornando o foco para a então volta para casa, devido a tarefa não realizada, e um desejo jogado ao vento, tudo acontece numa fração de segundos. A vejo, atravessando a rua, segurando seus livros nos braços, calça jeans azul e uma blusa preta de manga longa. Penso novamente: "Eu a vi, espero que ela não me veja.". E virei a cara e continuei a caminhar. Ela me vê. Ela me chama, me chama por aquele nome que só ela me chamaria, e covardemente eu continuo andando fingindo que nada ocorreu, fingindo me concentrar na música que estava ouvindo pelo fone. Minha mãe aparece. "A salvação. A minha saída!", pensei novamente, e fui de encontro a ela. Entro no nosso carro, mas logo em seguida algum tipo de problema acontece, como que por mágica (como custumava a acontecer antes). Minha mãe desce do carro em pleno cruzamento da rua com a então avenida movimentada que nos encontravamos, e não sei como, me vejo deitado, de costas para a menina que queria rever. Deitado, parecendo se esconder. Procuro a menina com um olhar cuidadoso. Lá está ela, esperando o ônibus dela, o que vai subir, como de custume. O sonho acaba.

Puts quanta coisa em um curto espaço de tempo. Mais curto ainda por se tratar de um sonho. Que ainda se trata de desejos do subconsciente, são fatos que ocorrem em poquissimos segundos reais.
Puts ainda pra minha reação. Quer dizer, porque até num meio que custuma a expressar o subconsciente, a vontade não foi satisfeita. Qual o motivo da covardia momentânea? Puts, que mal estar, que covarde eu fui, ela que veio do jeito que queria tive a infelicidade de desprezá-la, e o pior, sem ter certeza de algum motivo! Puts! Foi assim que me senti. Apenas um sonho. Mais um sonho. Que então eu faça bom uso dele, e que ele realmente não me represente seja da maneira que for. Que nojo momentâneo de mim mesmo.

O monstro vai continuar vivo, enquanto eu viver, viveremos juntos então, até o dia em que ambos morrer.
Que então os estragos sejam menores com aqueles a quem ambos amam. Hoje o vampiro bebe a fórmula que o transforma no que ele sempre (Mr.) hyde.

P.S.: O efeito é passageiro, mas o fato é permanente.

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